Mesmo com a implementação de um sistema de encriptação de ponta a ponta, o mensageiro instantâneo continua sendo um canal utilizado por cibercriminosos criativos para roubar dinheiro de usuários inocentes.
Em um dos últimos, uma reportagem produzida pela RBS TV e exibida este dia 12 (domingo) no Fantástico mostrou inclusive que havia colaboração de funcionários da operadora de telefonia móvel Vivo.
Como funcionava o esquema?
Para o golpe funcionar, a operadora desabilitava o número do clientes, e o clonava nos chips dos criminosos; a partir daí, os bandidos conseguiam acesso as mensagens do WhatsApp e backups de conversa antigas, e se passavam pela vítima ou por sequestradores.
Usando a confiança dos ciclos de amizade e família ou forjando sequestros, os bandidos conseguiam várias transferências bancárias antes da verdade ser descoberta.
No Distrito Federal, Paraíba, Porto Alegre e São Paulo mais de 10 vítimas caíram na tramoia, chegando a transferir até R$3 mil para os golpistas.
Golpe que clonava linhas WhatsApp contava com participação de funcionário da Vivo
Um caso em particular chamou a atenção dos repórteres, envolvendo um empresário gaúcho que recebeu o pedido de 'ajuda' de um de seus 'amigos'.
Comovido com o momento de sufoco, ele informou que pediria a sua secretária para realizar a operação, e foi aí que a situação ficou ainda pior.
Os bandidos entraram em contato com o funcionário da Vivo, clonaram a linha do empresário, e se passaram por ele para pedir que a secretária fizesse as transferências, que ao todo, totalizaram R$100 mil.
Após grande repercussão, a polícia conseguiu prender um dos criminosos envolvidos, o funcionário da Vivo que recebia parte do dinheiro roubado.
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