EXECUÇÃO
Consta no informativo policial a presente denúncia do MP que MARIA DO SOCORRO CESÁRIO ARAÚJO GOMES, encontrava-se juntamente com as vitimas no momento do duplo homicídio,
Importante esclarecer que os três acusados cooptados por Moisés José Neto são inseparáveis e estão constantemente juntos praticando diversos crimes diz a denuncia. Sua ficha criminal revela que cada cometimento de crimes envolvendo algum deles, são flagrados todos juntos, tratando de uma verdadeira "Irmandade do Crime" que o codigo penal brasileiro define. Horas antes da perpetração do crime, os quatro homens combinaram data e detalhes da morte de Clesio, Assim naquela fatídica noite de 12 de Setembro de 2005 Ze Facao e Michael começaram a seguir a vitima em uma moto. Testemunhas relatam que Clesio estava sendo seguido no dia de sua morte. Assim, seguindo o táxis que conduzia o casal ao motel, e ao se aproximarem do seu destino, Ze Facão entrou em contato com Moisés para informa lo sobre a localização do casal e abordagem, Ze Facão rendeu o motorista do táxis , vitima Jose Arimateia, enquanto Michael fazia a cobertura com a motocicleta na traseira do carro, usando luz alta, os ocupantes do veiculo não reagiram com medo da cobertura dada por Michael, em seguida Zé Facão manda que o motorista do táxis entre numa estrada carroçável, próximo ao Açude Cachoeira, sempre seguido pela motocicleta conduzida por Michael. Em determinada altura da estrada, os acusados Moisés e Ricardo já estão a espera do casal para consumar o intento de eliminar Francisco Campos, "O CLESIO".
TIROS NA CABEÇA.
O taxista Arimateia e Clesio, são retirados do carro, um segurando a mão do outro, de forma invertida, saindo as duas vitimas pela porta do lado do passageiro, sendo-lhes impossível esboçar qualquer reação. Ressalta-se que essa tática é usada por policiais na condução de presos, na ausência de algemas. As duas vitimas sempre de mãos dadas, são levadas para trás do carro e obrigadas a deitar se de bruços no chão, Socorrinha permaneceu no interior do carro no banco traseiro, ouvindo o som do carro. Em seguida pediu para sair para urinar, recebendo autorização para fazê-lo. Depois entrou novamente no táxis e ouviu dois disparos de arma de fogo, em momento algum tentou ela fugir dali. As vitimas foram executadas sem esboçar qualquer reação. Tal comportamento, segundo os peritos que se fizeram acompanhar do ministério publico na reconstituição dos assassinatos. De acordo com a denuncia da promotoria, o executor o mais experiente , que disparou certeiramente contra o crânio das indefesas vitimas. Estas foram atingidas cada uma por um único tiro, certeiro, profissional . Clesio fora morto por ser alvo de ciumes de seu carrasco e o taxista José Arimateia, foi morto como queima de arquivo por ter presenciado toda a cena.
APÓS OS CRIMES.
Após a prática do duplo homicídio, Moisés José, para demonstrar todo seu desprezo pela ex-amante traidora, entregou Socorrinha a Michael, para que este a levasse para o motel, com o fito de que cada um deles preparasse seus respectivos álibis. Importante esclarecer que a vitima Clésio não morreu instantaneamente e chegou a ser levado para o hospital Santa Casa, tendo dado entrada no setor de neurologia, onde morreria pouco tempo depois. Naquele setor trabalhava o atendente de enfermagem Gerardo Rodrigues Costa Filho, sugiram boatos na Cidade que diziam que o referido atendente teria ouvido de Clésio o nome de seu executor. Temendo que fosse descoberta a autoria dos primeiros homicídios, os denunciados passaram a planejar a eliminação do enfermeiro e com efeito dois meses depois do duplo homicídio, exatamente no dia 20 de Novembro de 2005 por volta das 22h, o mencionado funcionário da Santa Casa foi sequestrado e levado para o mesmo local dos primeiros crimes e foi executado da mesma maneira, na mesma posição e com arma do mesmo calibre, usando o mesmo MODUS OPERANDI, conforme concluiu a pericia técnica. A denúncia do MP revela que os quatros denunciados, com exceção de Socorrinha, participaram ativamente dos três homicídios, tendo a ideia inicial e todo o planejamento dos crimes partido do acusado Moisés José Neto. O que agiu movido inicialmente pelos ciumes e depois para eliminar pessoas que pudessem reconhecê-lo como o executor. Os demais acusados conhecem Moisés e se referem a ele como "O HOMEM DA BOTA OU VELHO".
Socorrinha, por sua vez , auxiliou todos os autores dos crimes, e subtrair-se a ação da autoridade publica, principalmente seu ex-amante. Ofereceu uma versão inverossímil e contraditória, segundo a qual teria sido vitima de um assalto, seguido de estupro, um bode espigatório ou laranja. Acusou um individuo conhecido por "Paulo Ovão", de ser o autor do duplo homicídio, e no seu depoimento na policia disse que o acusado tinha uma tatuagem na bunda. Portanto, depois de 11 anos os acusados do CRIME DO MOTEL SERÃO LEVADOS A JURI POPULAR.
Fonte: Olivando Alves
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