A prisão de Lula e o impeachment da Dilma
Vou escrever aqui para ficar registrado como as coisas vão acontecer nos próximos dias. Depois da prisão do José Dirceu pela Operação Lava Jato, ficou evidente que estão acelerando os processos para chegar ao ex-presidente Lula.
Mesmo que sem provas ou sem depoimentos acusando o envolvimento do Lula nos esquemas de corrupção na Petrobras, ele será encaminhado para Curitiba e será mantido preso preventivamente. Posso até arriscar uma data:
Lula será preso no dia 24 de Agosto/15, dia da morte de Getúlio Vargas.
Os apoiadores do impeachment da presidenta Dilma precisam tirar o Lula do caminho de qualquer articulação política, pois se ele estiver à solta, poderá atrapalhar qualquer movimentação, mesmo que da oposição, em direção ao processo de interrupção do mandato dela. Eles sabem a força que o Lula tem em todos os níveis de organizar-se politicamente e impedir que isto chegue ao Congresso.
Vão usar de qualquer desculpa, como fizeram agora com o Dirceu, aplicando ao Lula o “domínio do fato” ou qualquer outro malabarismo jurídico, só para tirá-lo das ruas. Com ele fora de circulação, as movimentações em torno da queda da Dilma ficam mais fáceis.
Daí é apenas um passo para o impeachment:
Com o apoio da oposição, Cunha conseguiria reprovar as contas do Governo ou ela poderia ter as contas de campanha reprovadas.
Uma cisa favorece o PMDB (Temer assume) a outra favorece o PSDB (Aécio assume), já que se as contas de campanha forem reprovadas, Dilma é declarada derrotada e os votos nela anulados.
Há mais detalhes para preencher este processo e fazê-lo funcionar. Mas é viável se o Lula não estiver andando por aí e fazendo política.
Eu imaginava que poderia acontecer a prisão do Lula apenas no próximo ano para impedir sua atuação nas campanhas de prefeitos do PT, inclusive para evitar a reeleição do Haddad. Isso desmoronaria de vez as pretensões de sucessão ao Planalto em 2018.
Mas se podem fazer isso agora e ainda levar o Governo Federal antes, por quê não?