A conclusão da análise dos dados de eficácia da CoronaVac, vacina para a Covid-19 produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, deve sair no dia 7 de janeiro, próxima quinta-feira. Depois de dois adiamentos na divulgação desses resultados, a instituição trabalha com a data máxima do novo prazo pedido pela fabricante estrangeira, embora informe, por meio de sua assessoria de imprensa, que uma antecipação não é descartada.
A Sinovac solicitou, a contar do dia 23 de dezembro, quando era esperada a revelação do percentual de eficácia da vacina, mais 15 dias. O período, conforme o Butantan, serve para comparar os dados da fase 3 dos estudos com o imunizante nos diferentes países em que ele foi testado, “evitando que a vacina tenha diferentes índices de eficácia anunciados”, como explicado em comunicado à imprensa. Com esse material consolidado, deve ser dada então a entrada no pedido de registro junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e também ao órgão equivalente na China, a National Medical Products Administration (NMPA).
A divulgação do percentual conseguido no Brasil é esperada desde 15 de dezembro, quando a direção do Butantan informou inicialmente que poderia abrir as informações. A expectativa foi então passada para o dia 23, quando o Butantan, porém, contou apenas que os índices de eficácia foram superiores ao mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 50%, sem detalhar o número atingido.
Ao comentar o percentual divulgado pela Turquia, o secretário da Saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse somente que por aqui a CoronaVac não chegou a 90%. Segundo o governo paulista, questões contratuais impedem a revelação de informações mais detalhadas por enquanto.
A gestão Doria prevê o início da vacinação para 25 de janeiro, data simbólica por ser a do aniversário da cidade de São Paulo.