A Operação Espanta Raposa foi deflagrada para cumprir mandados de prisão preventiva e de afastamento das funções policiais, em Sobral e Tianguá
Os nove policiais militares presos e afastados das funções no Batalhão da Polícia do Meio Ambiente (BPMA) de Sobral compõem uma "quadrilha", para o Ministério Público do Ceará (MPCE). A reportagem apurou que o grupo criminoso que teria se constituído dentro da Polícia Militar do Ceará (PMCE) extorquia empresários em até R$ 20 mil.
Os PMs cometiam crimes de duas formas, segundo a investigação. Uma das técnicas utilizadas pela quadrilha era verificar os pedidos de regularização das atividades laborativas ou da compra de material junto à Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), antecipar-se ao órgão e fazer exigências. Os militares também abordavam caminhões com mercadorias pesadas, como madeiras, lenhas, carvão, areia e pedras, e ameaçavam os condutores de apreender os bens, com a aplicação de uma multa exorbitante, caso os mesmos não pagassem valores de R$ 2 mil a R$ 20 mil.
A Operação Espanta Raposa foi deflagrada para cumprir mandados de prisão preventiva e de afastamento das funções policiais, em Sobral e Tianguá, contra o tenete-coronel Paulo de Tasso Marques de Paiva (comandante do BPMA em Sobral); o major Francisco Marcelo Nantuã Beserra; os sargentos Raimundo Nonato Cruz; Jorge Luís de Sousa; Marcelo Cristiano de Melo; Reginaldo Bento de Araújo; Antônio Barbosa Filho; e Décio Alves Fernandes; além do soldado Pablo Weslly Cavalcante de Sousa (filho do sargento Jorge Luís). Todos estão detidos, à disposição da Justiça.
Nove policiais militares foram presos com a deflagração da Operação, em Sobral e Tianguá
(Foto: Maristela Gláucia )
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