Ministro Edson Fachin - Foto: O Globo
O Supremo Tribunal Federal (STF) informou na terça-feira (27,) que reforçou a segurança do ministro Edson Fachin e de seus parentes. A manifestação foi motivada por uma entrevista concedida por Fachin ao canal Globo News, em que o ministro disse que sua família tem recebido ameaças. Ele, porém, não citou quais tipos de ameaças tem sofrido e como teriam ocorrido. Segundo Fachin, foram solicitadas providências à presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia.
De acordo com nota divulgada à imprensa pela presidência do STF, antes da entrevista do ministro, Cármen Lúcia já tinha tomado providências em relação às preocupações de Fachin, como o envio de duas delegadas da Polícia Federal (PF) para Curitiba, cidade de origem do ministro, para avaliar o esquema de segurança.
“Uma das preocupações que tenho não é só com julgamento, mas também com segurança de membros de minha família. Tenho tratado desse tema e de ameaças que têm sido dirigidas a membros da minha família”, disse Fachin na entrevista.
O ministro é relator dos processos oriundos da Operação Lava Jato na Corte, entre outras ações. Também é relator do habeas corpus por meio do qual a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu suspender sua prisão após o fim dos recursos na segunda instância no processo do triplex de Guarujá (SP). A decisão vale até o dia 4 de abril, quando o tribunal retomará o julgamento da questão.
Teori Zavascki - O filho de Teori Zavascki, Francisco Prehn Zavascki, disse suspeitar de que seu pai, que era o relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal e morreu em janeiro do ano passado em acidente aéreo no litoral sul do Rio de janeiro em circunstâncias desconhecidas, tenha sido assassinado. Francisco fez uma postagem em sua rede social, mas apagou a publicação em seguida.
"Derrubaram a Dilma e assumiu o Temer. Do que eles são capazes? Será que só pagar pelo silêncio alheio? Ou será que derrubar avião também está valendo? O pai sabia de tudo isso. Sabia quanto cada um estava afundando nesse mar de corrupção. Não é por acaso que o pai estava tão aflito com o ano de 2017. Aflito ao ponto de me confidenciar que havia consultado informalmente as Forças Armadas e que tinha obtido a resposta de que iriam sustentar o Supremo até o fim!", escreveu Francisco Zavascki.
Ainda segundo o filho de Teori, que morreu às vésperas de homologar as delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht, a ordem sempre foi para "barrar a Lava Jato" e o PMDB passou a fazer fortes críticas a Dilma Rousseff a partir do momento em que ficou evidente que o PT, partido da ex-presidente, "nunca tentou nada para barrar a Lava Jato", afirma Francisco.
(Agência Brasil e O Globo)