Conselho Estadual de Segurança pode requisitar intervenção federal no Ceará diante da violência sem controle

Vasques, presidente do Conselho Estadual da Segurança Pública, convocou reunião extraordinária

Com um recorde de 5.144 assassinatos em 2017 e já com o registro de outros 125  homicídios em apenas sete dias de 2018, o Ceará poderá sofrer uma intervenção federal  com tropas das Forças Armadas ou da Força Nacional de Segurança (FNS) nas ruas para tentar reduzir a atual criminalidade sem freios. A proposta deverá ser discutida na próxima sexta-feira (12) em uma sessão extraordinária do Conselho Estadual de Segurança Pública.

Na manhã desta segunda-feira (8), o presidente do Conselho, advogado Leandro Vasques, decidiu convocar a sessão extraordinária diante do caos na Segurança Pública do estado, agravado com o episódio registrado na semana passada, quando criminosos da facção Guardiões do Estado (GDE) decidiram expulsar dezenas de famílias de suas casas na comunidade Barroso 2, no bairro Passaré.

O fato teve repercussão em todo o Brasil e autoridades e pesquisadores em Segurança Pública se manifestaram a favor de uma ação federal no Ceará. Se aprovado, o pedido de intervenção deverá ser apreciado pelo próprio governo do estado e Assembleia Legislativa.

Ápice da violência

Em sua comunicação à Imprensa, o presidente do Conselho afirma que, “um complexo de motivos embalam a inadiável necessidade de se discutir tal providência, tendo se chegado ao apogeu com o inaceitável fato de, recentemente, famílias estarem sendo compelidas pelo crime organizado a deixarem suas moradias,  tangidas e escoltadas ela criminalidade”.

E Vasques vai mais, adiantando que, “eis um cenário apocalíptico. Chegamos ao ápice da violência urbana.”  Ele afirma que o estado sequer cumpriu a previsão legal de autonomia administrativa e financeira prevista na Constituição do estado, na lei número 12.190/93, para o seu próprio Conselho estadual de Segurança Pública.”

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