São mais R$ 200 mil com salários de 52 vigilantes, 40 auxiliares de serviços gerais, 15 mecânicos, 15 operadores das composições, e o pessoal de gerenciamento para manutenção e funcionamento. Ao todo, o custeio mensal do VLT de Sobral é de R$ 310 mil reais.
Apesar de seguro, moderno e confortável, o VLT ainda não se consolidou como meio de transporte preferido dos sobralenses. Longe disso, estima-se que apenas 8% do público esperado utilize, hoje, o serviço.
O custo da passagem considerado alto pelos usuários (R$ 3,00) e a falta de um sistema completar de ônibus para interligar as estações do VLT ao centro da cidade e aos bairros mais distantes estão entre as principais reclamações de quem necessita utilizar transporte coletivo na cidade.
Atraso
Os problemas começaram bem antes do início do funcionamento do sistema. A obra, que deveria ter sido concluída em 18 meses, só ficou pronta dois anos depois. Conflitos entre governo e proprietários de imóveis demolidos para dar lugar aos trilhos do VLT, em torno de indenizações, bem como dificuldades na instalação dos trilhos em pontos específicos contribuíram para o atraso.
O investimento inicial era de R$ 70 milhões, mas o governo precisou gastar mais para superar todos os problemas que apareceram durante a implantação do projeto. No final, o VLT de Sobral consumiu R$ 135 milhões que foram pagos pelo governo do Ceará e pela União.
O VLT
O sistema de VLT de Sobral tem dois ramais que formam dois "U" invertidos, que se tangenciam numa estação de integração. A linha Sul possui 6,4 quilômetros de extensão e liga os bairros Sinhá Saboia e Sumaré. Este ramal compartilha a linha de passageiros do VLT com a de cargas administrada pela Transnordestina Logística.
A linha Norte liga a Grendene à Cohab III, com 5,7 quilômetros, e atende o bairro mais populoso de Sobral, Dr. José Euclides. Via : Sobral em Foco