Passados dois meses da mega-rebelião que atingiu o Sistema Penitenciário cearense, com 14 mortes e muita destruição, o número de fugas ocorridos nos presídios desde aquele episódio é desconhecido. Nem mesmo a Secretaria Estadual de Justiça e da Cidadania (Sejus), órgão responsável pela administração do sistema, sabe ao certo quantos detentos escaparam das unidades penais da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Contudo, um fato chamou a atenção das autoridades e da opinião pública nesta semana. Na última quarta-feira, um dos foragidos foi recapturado pela Polícia Militar. Ele havia escapado do Presídio do Carrapicho, uma das unidades atingidas pela mega-rebelião ocorrida entre os dias 21 e 22 de maio.
Abordado pela Imprensa na chegada a uma Delegacia de Polícia Civil da capital, o preso deu uma declaração, ao menos, preocupante. Segundo ele, fugas nos presídios e entrada de telefones celulares são facilitadas em troca de dinheiro. Não citou nomes, mas disse que com pagando, é possível fazer as duas coisas de modo fácil em qualquer presídio. E mais, deu um número de presos foragidos é bem maior que aquele informado pela Sejus em relação a uma recente fuga em massa numa das seis CPPLs da Grande Fortaleza.
A Sejus informou que não iria se pronunciar sobre o fato.
Celulares
No último balanço feito, a secretaria informou que, desde a rebelião simultânea de maio, um total de 1.295 aparelhos foi retirado de dentro dos presídios situados no Complexo Penitenciário de Itaitinga, além do presídio do Carrapicho e no Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira Dois (IPPOO 2).
As ações de varredura são realizadas conjuntamente pelos agentes penitenciários e policiais militares do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque).
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