A edição da revista IstoÉ publicada na última sexta-feira (19) gerou repercussão no Ceará por trazer o governador Cid Gomes na capa. Com o título “O Governador e o Delator”, a publicação trouxe detalhes sobre a relação próxima do chefe do Executivo com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. A reportagem ganhou repercussão nacional, em virtude de o cearense ter negado, na semana anterior, que conhecia o homem que denunciou um esquema de corrupção na estatal. Em Fortaleza, de uma só vez, dois clientes pagaram R$ 2 mil em revistas, levando 184 exemplares de uma livraria no Aeroporto de Fortaleza.
A reportagem percorreu outras quatro grandes livrarias de Fortaleza nesta quarta-feira (24), e nenhum exemplar foi encontrado. As lojas preferiram não informar se as revistas foram compradas de uma única vez ou por meio de venda separada, mas destacaram que a procura é atípica. Contactada peloTribuna do Ceará, a assessoria do Governo do Estado disse que não vai se pronunciar sobre o assunto.
Entenda o caso
Cid Gomes foi citado pela revista IstoÉ, na edição do dia 12, sobre a delação premiada do ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Após repercussão, o governador do Ceará pediu para a Justiça suspender a circulação da edição. Ainda enviou ofício ao Supremo Tribunal Federal (STF), à Polícia Federal e à Procuradoria da União pedindo que se pronunciem e neguem a vinculação de seu nome ao escândalo da Petrobrás, feita pela revista.
A suspensão da veiculação acabou dando mais notoriedade ao caso. Em resposta a Cid Gomes, a IstoÉ reservou a a capa do último fim de semana para dar uma descrição minuciosa sobre a relação entre Paulo Roberto Costa e o governador do Ceará, que teria se estreitado há seis anos, “a ponto de ultrapassar a fronteira do contato institucional”.
No Facebook, Cid afirmou ser injustiçado e definiu a denúncia como uma armação covarde encomendada para confundir a opinião pública, com a finalidade de enfraquecê-lo na disputa eleitoral. O governador apoia Camilo Santana (PT) para a sucessão no cargo de governador.
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