Saldo do emprego no Ceará é o pior da década

O resultado equivale a uma queda de quase 29% em relação a igual mês de 2013, ou 839 colocações a menos
 O desempenho do Ceará foi ocasionado pela expansão do emprego nos setores da Construção Civil, Agropecuária e Indústria da Transformação

FOTO: MARÍLIA CAMELO
                                         
Para o ministro Manoel Dias, neste mês, haverá uma retomada no ritmo de criação de vagas

Com 2.061 empregos com carteira assinada, em 2014, o Ceará teve o pior saldo de vagas para o mês de julho dos últimos dez anos, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), quando em igual mês de 2003 apenas 828 vagas, entre trabalhadores admitidos e demitidos, foram geradas.

O resultado de julho deste ano equivale a uma elevação de apenas 0,17%, ou 100 postos de trabalho a mais, em relação ao mês anterior e a uma queda de quase 29%, ou 839 colocações a menos, no confronto com igual mês do ano passado.

Resultados por setor

Tal desempenho foi ocasionado pela expansão do emprego principalmente nos setores da Construção Civil (+997), da Agropecuária (+697) e da Indústria da Transformação (+376). Por outro lado, Comércio e Serviços, setores que puxam a economia estadual, não deram contribuição satisfatória para o saldo de empregos de julho deste ano.

O primeiro gerou apenas 32 vagas, com acréscimo de apenas 0,01% ante o mês anterior, e o segundo apresentou retração de quatro postos de trabalho em igual período.

Segundo o analista de mercado de trabalho do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (Sine/IDT), Erle Mesquita, com o desaquecimento da economia desde 2011 é natural esse reflexo sobre o emprego, principalmente naqueles setores mais expressivos para a atividade econômica no Estado.
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